Perseguidos por cabras!!!

Olá amigos!

Hoje, e depois do tareão do trekking de ontem o dia para nós começou por volta das 10 da manhã! Descanso precisava-se 🙂

Foi durante o pequeno-almoço que planeámos o dia e onde decidimos fazer um trekking que começava depois do teleférico de “Fuente Dé”, directo para o meio das altas montanhas dos Picos da Europa! Acontece que quando saimos à rua em poucos instantes mudámos os nossos planos. É que ao olhar para as montanhas vimos nuvens à grande lá bem no topo que nos fizeram pensar duas vezes no plano traçado… A confirmação surgiu na recepção do hotel onde vimos no pc uma Web Cam em directo de “Fuente Dé” e constatámos:

1- Não iamos ver nada;

2- Íamos rapar um frio do camandro;

3- Estava a chover;

Claro que não podíamos desanimar e uns minutos depois já estavamos a caminho de um novo Trekking, desta feita num monumental desfiladeiro cavado por um rio. Prometia e o próprio caminho até chegar à base do trilho era indiscritivel!!!

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O trilho começa em Urdon, junto a uma estação geradora de electricidade, bem em cima de um pequeno rio entre duas paredes verticais por si só bem imponentes. Ao longo de um rio gelado e transparente, e entre brutas e monstruosas escarpas, caminhámos cerca de 15 minutos quando começámos a ver as primeiras azeitonas, também referidas como caganitas de cabras no nosso caminho, mas cabras não as viamos…

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Uns minutos depois e o Paulo avistava pela primeira vez as nossas amigas, numa espécie de manada, lá em cima na escarpa, num lugar tudo menos acessível e simplesmente divinal. As “cabras-montesas”, assim chamadas, vivem nas montanhas e movimentam-se na rocha tão bem como nós nos movimentamos no chão e isso foi sem dúvida algo que nos fascinou bastante instante. Ora vejam se as descobrem na próxima foto….

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Continuámos a subir, e por sinal as cabras começaram a descer, até que nos encontrámos pela primeira vez face a face à hora de uma pequena pausa para um snack… Foi um fartote de fotografias, e tudo estava óptimo até o bode chegar, e com ele chegou um cheiro insuportável que após uns minutos nos fez seguir o nosso caminho.
A partir desse instante, começa a perseguição!! Lideradas por uma cabra com um badalo, a manada seguiu-nos em fila pirilau a uma distância média de cerca de 5, 10 metros, mas quando nós parávamos, elas paravam, quando avançávamos, elas avançavam. Entretanto começaram a ganhar algum terreno, e em breve e quando já estavam muito perto de nós vimo-nos forçados a erguer os nossos cajados, dizer umas palavras e assustar os animais que com os cornos e a proximidade já nos intimidavam bastante!

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Se calhar queriam comida, se calhar queriam festas, se calhar queria conversar, enviar algum sms, ou pedir algo, mas acham que ficámos lá à espera !?!?! Nada disso! Para cima era o caminho 🙂 Curtam só elas a olhar para nós bem curiosas…

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Seguiu-se uma monumental subida, sempre aos “ésses”, junto a grandes precipícios, mas com espaço suficiente para não sentirmos qualquer tipo de vertigens, e subimos, e subimos dos 100 aos 400 metros com uma rapidez incrível, até que em La Bargona, e depois do nosso almoço começou a chover, o vento levantou-se, e resolvemos descer e não arriscar até porque já tinham passado umas boas 2h e 30m.

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A descida foi lenta, parámos para rever as nossas amigas cabras que se abrigavam junto a uma monumental falha na rocha, e sem pressas tirámos as últimas fotografias, desta feita já com impermeável e chapéu vestido para nos proteger do frio 🙂

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Foi brutal, valeu completamente a pena e aguardamos ansiosamente o dia de amanhã… Pode ser que “Fuente Dé” esteja acessível! Assim esperamos!

bjs e abraços,

Luís M. e Paulo Alves

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