• Não assumirás compromissos públicos!

    Olá a todos,

    Chegou ao fim a lua-de-mel destes vossos amigos casados de fresco. Estive a investigar um pouco o termo (Lua-de-mel), e pelos vistos não é conclusiva a sua origem, como tal escolhi, e fico-me pela seguinte definição que me parece a mais “acertada”, ou pelo menos a que mais me convém:

    “Se um homem tiver se casado recentemente, não será enviado à guerra, nem assumirá nenhum compromisso público. Durante um ano estará livre para ficar em casa e fazer feliz à mulher com quem se casou.”

    Tendo em consideração a vida complicada que se avizinha em Portugal, bem como o facto de estarmos já em pleno Outono, e como tal a caminhar a passos largos para o Inverno e como diz a Mari, para o frio, decidimos como indica a definição não assumir compromissos públicos, e estarmos livres um para o outro, como tal iremos durante o ano mencionado prolongar a nossa lua-de-mel e consequente bronze. Como tal, ja não regressamos…! 😉

    ANTES FOSSE!!!!!!!!!!!!!!!!! Eu já sabia disto, mas confirmo que acho que era capaz de me habituar a esta vida entre viajar, conhecer coisas novas todos os dias e conjugar isto com Snorkeling em águas transparentes. Alguém alinha ??

    Em jeito de conclusão, foram 3 semanas brutais, passadas com uma rapidez tremenda, o que significa que para além de terem sido bem aproveitadas, foram passadas em muito boa companhia! Eu e a minha mulher (adoro dizer isto) sempre nos demos bem a viajar, até porque ela come as saladas das sandes, e eu como o queijo e o fiambre, para além dela ser já o pêndulo que me faz orientar entre a loucura, estupidez e a sensatez que também devemos ter quando estamos assim tão longe.

    Agora é voltar ao mundo habitual, escrevo-vos da bela mer#$ do aeroporto de Los Angeles, e começar a preparar  a próxima aventura, até porque ideias temos de sobra! Aqui ficam algumas imagens, em estilo compacto das últimas três semanas que alternaram entre o frio e a loucura de NY e SF, e o calor e as mantas gigantes com as quais tivemos o privilégio de nadar ontem, num dia simplesmente mágico passado nos corais de Bora Bora… Até à próxima!

    NEW YORK

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    SAN FRANCISCO

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    BORA BORA

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    Agora vamos só apanhar um voo de mais 10h até Londres, e em breve estaremos por Portugal até porque há despedida da Paula e do Paiva que vão para o Rio de Janeiro viver, o cd da TAISCTE para ajudar a finalizar, uma nova pequena incursão aos Picos da Europa para idealizar, uma família cheia de saudades nossas, uma banda que tem de gravar vários temas e preparar o concerto de estreia no pavilhão atlântico (lol), emissões de rádio aos Domingos, um ideo do casamento que irá sair em breve e que teremos de ver milhões de vezes, muitas fotos, e claro, muitos amigos e milhões de coisas para fazer na nossa cidade.

    Bjs e abraços e até sexta,

    Luís M.

  • Dentro de água é que se está bem ;)

    Olá a todos,

    Hoje, último dia em Bora Bora,  resolvi escrever-vos para vos falar da fantástica vida animal que prolifera aqui por estes lados do Pacífico.

    Para começar, o hotel onde estamos tem uma particularidade muito interessante. Dentro dele existe  um centro ecológico, composto por uma incrível lagoa natural com corais, montes de peixes que por lá vivem, e, para além disso, tem ainda um centro de recuperação de tartarugas verdes que é único no mundo. O que faz este centro é receber tartarugas desta espécie que tenham sido encontradas doentes, feridas, presas em redes de pescadores, tratá-las e depois libertá-las no oceano quando estiverem bem. Há uma bióloga residente, a Julie, que todos os dias pelas 10:30 as alimenta, e os hóspedes do hotel podem participar na experiência, e nós claro, estivemos por perto. Olhem só para estas fantásticas imagens!

    20131024 a 01 - Bora Bora2

    Já no sábado passado fomos fazer algo um pouco mais radical do que passear aqui pelo resort. Resolvemos partir numa atividade num barco em direção a alguns locais naturais da região e literalmente nadar com milhões de peixes, tubarões e raias. Confesso que entrar no mar com uns calçonitos e umas barbatanas quando vários tubarões de pontas pretas entre o metro e o metro e meio por lá passeiam não é assim tão trivial, mas lá ganhei coragem, e entrei…. Atrás de mim, entrou a Mari, que também avançoou quando todas as outras raparigas ficaram no barco a ver de fora! É simpesmente uma grande sensação. Esta espécie não é conhecida por fazer qualquer mal aos humanos, mas não deixam de ser tubaróes, ali ao nosso lado, especialmente quando nos afastamos um bocadinho do barco, e eles nadam a 1, 2 metros de nós assim meio que isolados…  A visibilidade era incrível, a água completamente transparente, as raias roçavam-se em nós em busca de comida, que é o que normalmente os barcos com turistas vão lá fazer, alimentá-las! As fotografias são de cima apenas, mas dá para ver os bicharocos ao pé de nós! No segundo local, vimos tubarões limão, lá bem no fundo, mas nós cá de cima já percebemos a sua dimensão… Bichinhos para os 2 metros… Impressionante! Vimos ainda uma moreia enorme, linguados, peixe rocha, e milhares de coloridos, que não faço ideia do que sejam.

    20131024 a 01 - Bora Bora - resized 4

    Já hoje, conseguimos emprestada uma maquininha underwater que rapidamente ficou sem bateria para sempre, mas que ainda deu para vos mostrar alguns dos peixinhos que por cá andam! Acabámos por batizar alguns deles… o Lopes é o gajo grandalhão que anda sempre com a Mafalda atrás.

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    Amanhã, e porque é o último dia, vamos de novo fazer uma incursão pelo alto mar, tentar avistar baleias, e fazer algum mergulho noutros corais, que dizem ser ainda mais espectaculares.

    Bjs e abraços,

    Luís M.

     

  • Bora Bora – A chegada ao “Le Meridien”

    Olá a todos,

    Bora Bora sempre foi para mim um daqueles destinos que nunca se tornaria realidade, nem se encontrava nas minhas prioridades dado o facto de ficar no “Cú-de-Judas”, perdoem-me a expressão, e de ser um destino essencialmente paradisíaco, um pouco diferente do meu estilo de viagem.

    Confesso que nunca tal coisa me tinha passado pela cabeça, até que comecei a planear um casamento, e quando comecei a ver os vários destinos possíveis com a Mari, pareceu-nos uma opção viável para aproveitar já, sendo que no futuro nos parecia um tanto ou quanto difícil ser um destino prioritário. Assim, na nossa lua-de-mel iríamos ter cidade e praia, e agradávamos a gregos e troianos!

    Saímos ao final da tarde da fria São Francisco em direção a Los Angeles, depois apanhámos um voo até ao Tahiti, e um outro ainda interno que nos levou a Bora Bora… No total foi um porradão de horas de viagem…mas quando aquela porta do avião abriu no Tahiti, percebemos a razão da nossa estadia por estes lados. Estava um calor do caneco, neste caso bem húmido, e quem veio de São Francisco onde já estava um friozinho daqueles, foi um choque bem positivo!

    Rapidamente me apercebi que a percentagens de casais naquele voo era acima do normal, o que foi obviamente motivo de muita conversa entre nós como devem imaginar! Só mel naquele avião!!!!! 😉

    Apesar de algumas nuvens, a aterragem em Bora Bora mostrou pela primeira vez a razão deste ser um destino de sonho para muitos. A pista fica a poucos metros do Oceano, foi construída pelos Estados Unidos da América quando acharam que este seria um ponto estratégico na Segunda Grande Guerra, e aqui se instalaram durante 4 anos… à espera, para nada acontecer, a não ser fazerem centenas de bébés com as locais (Isto é verdade), bem como construirem estradas e instalarem canhóes nos principais pontos da ilha.

    À chegada a Bora Bora, mais um sorriso, mais um colar de flores, e restou-nos aguardar que todos os passageiros estivessem prontos pois um barco estava já preparado para nos levar ao nosso hotel (“Le Meridien”). Ficámos ali parvos a ver a côr da água, e a chegada ao resort revelou a brutalidade da coisa…

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    Bungalows por cima da água do mar, uma lagoa privada dentro do resort com corais e toneladas de peixinhos, um centro ecológico com tartarugas em recuperação, água límpida e transparente, areia branca, azuis de várias tonalidades, uma pequena baia e à nossa frente um pequeno monte (Otemanu) envolto em nuvens, mas que conferiu ao cenário o toque certo. Agora sim, papo para o ar, e aproveitar o melhor deste lugar!!

    O nosso Bungalow sobre a água, nº. 204, fica no interior de uma baia, com vista para o monte, e tem um vidro que atravessa praticamente toda a zona central do chão, e que dá lá para baixo para o mar, ou seja, vemos os peixinhos a passear lá por baixo enquanto nós cá estamos em cima… para alem disso, cada bungalow tem ainda uma plataforma com 2 espreguiçadeiras na rua e um acesso individual ao mar com umas escadinhas…é excelente, digam o que disserem, uma vez na vida, vale a pena, e olhem que sou eu que estou a dizer, não que a minha palavra valha muito claro 😉

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    Quanto a preços, tudo é exorbitante aqui, especialmente alimentação e atividades fora do hotel como caminhadas na ilha, nadar com tubarões e raias, etc… Mas pronto, já cá estamos não é, agora não há volta a dar!!!

    Amanhã contarei mais novidades da vida pelo Pacífico 🙂

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    Bjs e abraços,

    Luís M.

  • San Francisco – 4 dias, 4 noites

    Olá a todos,

    Escrevo-vos estas palavras de um lugar paridísiaco, mas não queria deixar de falar da segunda cidade ue visitámos na nossa lua-de-mel. Uma cidade que acabei por conhecer relativamente bem, mas que considero que não é uma cidade para fazer turismo. É sim, ao invés disso uma cidade para viver durante algum tempo e incorporar os States mais tradicionais. Passo a explicar….

    São Francisco é na minha opinião, e do pouco que conheço uma verdadeira cidade Norte-Americana tal como a imaginava. A cidade das perseguições fantásticas de automóvel nos filmes de Holywood através das suas incríveis colinas que de facto existem, dos típicos dinners Americanos abertos até altas horas, dos motéis à beira da estrada, da tecnologia e da vibração de ter ali tão perto o berço de tantas coisas que hoje nos são imprescindíveis  (Facebook, Apple, Microsoft, HP, etc…), da baía onde nasceram tantas canções que tão bem conhecemos, da prisão mais famosa do mundo, dos bagels, dos litros de café, dos hippies…

    Chegámos já a noita ia longa, e depois do transfer do aeroporto de São Franciso (para mim o melhor aeroporto onde já estive) depois das 8h cansativas de viagem, o check-in no hotel foi assim bem rápido para termos tempo de passar no Subway para uma sandoca antes de ir dormir… Em 50 metros vimos a primeira prostituta (neste caso travesti) com um grande par de bazongas, nalgas de fora, e 50 metros depois uma segunda prostituta… seguimos em frente, inclusivamente dando as boas noites às senhoras, e ao lado do Subway, grande festa cheia de malta já bem bebida na rua… pensámos… escolhemos uma rua boa para o nosso hotel!

    O primeiro dia em São Francisco foi-nos “induzido” pelo rececionista lá do hotel que nos impingiu aqueles autocarros vermelhos, hop on, hop off, que teoricamente está sempre a andar pela cidade e nos deixa em lugares pré-determinados. Nunca tinha apanhado uma coisa daquelas na minha vida, mas tendo em consideração o cansaço acumulado, lá dissemos que sim… Acabou por ser muito fixe este primeiro dia, pois fomos à Golden Gate Bridge e a Sausalito, uma pequena cidade do outro lado da baía muito porreira, boa onda, com um tempo espectacular onde tivemos uma visão perfeita de São Francisco, exatamente do outro lado da baía.

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    20131020 a 22 - São Francisco

    Fizemos a travessia da Golden Gate a pé, com uma bruta ventania, e digo-vos…vale bem a pena, mas é bem impressionante o poder daquela estrutura,e a altura a que ela está acima da água… Do lado esquerdo, o oceano Pacífico, do lado direito, San Francisco bay e Alcatraz, que se ergue imponente lá bem no meio.

    Já o segundo dia foi bem diferente. Depois de esperarmos horrores pelo próximo autocarro vermelho, este deixou-nos na zona hippie, e passámos antes em Alamo Square para ver as casinhas típicas numa das várias colinas… A Zona Hippie, onde viveu Janis Joplin, Jimmy Hendrix,  é uma zona divertida, diferente, mas um tanto ou quanto radical a mais para nós. Os hippies acabam por se confundir muitas vezes com pessoas que vivem na rua,  muitas vezes por opção, e que pouco ou nenhum banho tomam, vivem agarrados a vários cães, e pedem na rua dinheiro, com cartazes a dizerem que não gostam de guerra, ou que querem dinheiro para erva (literal). Não é uma generalização, mas os hippies que vimos por lá não tinham muito bom aspecto, e adoram chocar quem passa ..Vi uma fantástica lambidela de um senhor no sovaco peludo  da sua namorada… Ao natural é que é bom 🙂

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    Estava um frio do caraças por esta altura, e depois de esperarmos 1 hora por um atocarro que nunca mais chegava, lá regressámos, para apanhar novo autocarro que nos iria levar a uma tour noturna… Mal nós sabíamos, que 1 hora depois, com um frio descomunal, o mesmo autucarro avariava…fazendo o resto da viagem de regresso sem suspensáo…super confortável vos digo!

    Conclusão, Hop Hop, Hop bosta!! Nunca mais!

    O dia a seguir foi completamente diferente, colocámos o autocarro de lado, e aí sim, vimos São Francisco a pé, pamilhada como merece ser vista! As colinas, a vista para a Bay Bridge, o Cable car, Union Square, Chinatown, Pacific Heights, a Marina, etc… Simplesmente fantástica a cidade, apesar de muitas mas mesmo muitas pessoas sem casa se encontrarem a pedir em várias ruas, o que dá um ar à cidade mais pesado e de certa forma, menos seguro que o habitual.

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    Uma das coisas que achei curiosa, foi o facto dos jovens da Google, Facebook e Apple habitarem a zona mais cara da cidade. São bem pagos os senhores pelos vistos, e todos os dias de manhã um autocarro vem buscá-los à cidade para os levar para Palo Alto para trabalhar! Vida dura a deles!!

    Para terminar em beleza a visita, no dia a seguir madrugámos e fomos ver Alcatraz de manhã, num dia que estava medonho, com nevoreiro espesso, e que tornou a visita simplesmente brutal! Adorámos, a história, a prisão, o chegar lá de barco, a vista, as tentativas de fuga, história ali tão recente e tão conhecida! Estava na hora depois de apanhar novo avião… Polinésia Francese, o próximo destino 😉

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    Bjs e abraços,

    Luís M.

  • Nova Iorque, que és brutal!

    Olá a todos,

    A nossa lua-de-mel foi escolhida de forma a que fosse uma viagem que pudesse complementar as preferências do noivo e da noiva. Sendo assim, entre as praias paradisíacas de Bora Bora para terminar, a histórica e mística São Francisco pelo meio, e a urbana e vibrante Nova Iorque para começar, vão ser passadas 3 semanas longe do trabalho e de casa para libertar o stress habitual, e  evitar o síndrome pós casamento que normalmente acaba por ser meio triste por todo o planeamento já estar terminado e pelo facto do dia já ter passado…Assim, um dia depois da loucura, pimbas…Nova Iorque! Vai buscar 😉

    Estivemos 4 noites em Nova Iorque e creio poder dizer com toda a confiança que ficámos a conhecer grande parte do percurso normal de turista, bem como uma pequena amostra daquilo que não é assim tão normal e regular para quem por lá passa.

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    Normalmente a chegada a NYC depois de uma viagem tão grande mete sempre alguma adrenalina e é isto que me parece que ajuda a compensar o Jet lag e o tareão da viagem. Foi isso que nos aconteceu, e o facto do hotel ficar a uma rua de distância de Times Square, tão perto da loucura, claramente ajudou a despertar os sentidos!

    Nova Iorque é uma cidade vibrante a todos os níveis… São milhares de turistas e de coisas a acontecer durante todo o dia, e toda a noite, vale a pena chegar cá sem preconceitos, esquecer as multidões porque elas vão cá estar sempre, e simplesmente aproveitar aquilo que a cidade tem para oferecer.

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    Empire State Building (sempre incrível), Central Park (único), Rockefeller Center (home alone), High Line (desconhecia e é muito bom, um antigo caminho de ferro, por cima das ruas de NY), Chelsea (a zona residencial não turistica, um pouco creepy por vezes), 9/11 memorial (único… história real do nosso tempo), Financial District (A Mari passou-se com montes de coisas que ela conhece e que eu desconheço completamente…iShares, Wallstreet, BNP…enfim..), Chinatown (Um mundo dentro de NY), Little Italy (Lá almoçámos), Soho (Classy), Brooklin (Muito boa a vista e a passagem da ponte)… foram alguns dos muitos sitios que tivemos a oportunidade de conhecer e de visitar… Fantástico ambiente, cidade segura, muito viva e muito “American style”, que para quem como eu adora, é excelente! Foram 4 fantásticos dias, passados a andar comó caraças, cansativos, mas que nos encheram as medidas !!

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    Quanto a musicais em cena na Broadway, fomos ver o rei Leão depois de muita indecisão a escolher, e apesar de ser de facto um espectáculo muito bom, não nos encheu completamente as medidas. Provavelmente a cena dos animaizinhos fofinhos, e do facto de ser uma história já bem conhecida e batida, não nos completou. Valeu bem a pena, mas é caro para aquilo que outro género de musical nos poderia ter dado. Agora já sabemos, no nosso top continua o Hairspray por enquanto! 😉

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    Em breve, “If you’re going…to San Francisco…!”

    Bjs e abraços,

    Luís M.

  • O dia inesquecível

    Olá a todos,

    Em plena lua-de-mel, neste caso num hotel São Francisco, colocar em palavras o dia 12 de Outubro de 2013 é na minha opinião tarefa hercúlea, para não dizer impossível… Vou tentar, e aqui vos deixo mais um bocadinho de mim de coração aberto.

    Quando resolvi pedir a Marisa em casamento, fi-lo essencialmente porque queria celebrar o amor e a felicidade que é estar com ela, e fazê-lo de uma maneira especial, juntando amigos e família numa festa única, algo que pudéssemos para sempre recordar.

    Confesso que o meu dia 12 foi muito para além disso, e aquilo que seria uma grande festa ou celebração rapidamente se transformou num momento puro de união entre pessoas, um dia de incrível felicidade, de sinceridade e de alegria contagiante.

    Escolhemos a zona Centro de Portugal para casar porque queríamos uma zona que ficasse entre as regiões de Vila Real, Pombal e Lisboa, essencialmente porque são as regiões onde temos ligações familiares. Outra grande razão foi o facto de queremos que toda a gente saísse de casa, da sua rotina, da sua zona de conforto, e passasse pelo menos uma noite fora num lugar diferente, não tão comum e que fizesse com que toda a gente se recordasse daquele fim-de-semana. Daí a chegarmos a Montemor-o-Velho e a Sandelgas, foi um pulinho….:)

    O início da última semana antes do casamento foi muito complicado… Uma bela intoxicação alimentar deixou-nos completamente KOs e assustou-nos, mas lá recuperámos lentamente, e sexta-feira seguimos para Norte, confiantes que o pior tinha passado, apesar de algumas dores de barriga e indisposições ainda aparecerem por vezes….

    Na noite anterior ao dia D, já no hotel, comecei a antecipar o que poderia acontecer no dia do casamento, e rapidamente me apercebi que não ia ser fácil para o meu lado…. Isto porque o nervosismo começou a chegar à séria, e até a escrever os meus votos me sensibilizava…sozinho! Mas que raio?!?! Mas como ?!?!

    Abri a pestana pelas 7h no dia 12…Mas acham que eu consigo dormir mais?!?! Sabendo que me vou casar dai a nada?!?! Seguiu-se o pequeno-almoço com o padrinho Paiva, altura em que ele claramente me viu a tremer à grande pela primeira vez nestes últimos tempos.. Agora sim, estava a mostrar-se o careca sensível 😉

    Vesti-me até rápido, e a minha mana Cat ainda apareceu para me dar uma beija, Quando dei por mim já estava no hotel Dona Inês ao pé de vários convidados que iam chegando devagar, todos super fashion! Os meus padrinhos estavam lá todos, Teresa, Ricardo, Vicente, Paulo, Rafa, Paiva, e a minha família, orgulhosa tirava as primeiras fotos comigo! Cenário pronto, seguiu-se o brinde ao pé da piscina, e a saída para o Castelo….

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    Tinha tudo para correr bem apesar dos atrasos normais, mas de repente recebo o telefonema do Ricardo a dizer-me que estava na A1 a caminho…Estranhei, e voltei a ligar-lhe, rapidamente nos apercebemos que algo não estava bem! O pior é que não era só ele… Também o carro do meu irmão e mais alguns carros cheios de convidados estavam todos perdidos em direção a um qualquer caminho para Sul que o cabresto do Google Maps indicou que não tinha nada a ver com nada…

    PÂNICO!!! As alianças, e pelos vistos o cantor (mano João), bem como 2 dos meus padrinhos estavam atrasados, e no castelo não se podia prolongar muito o início da cerimónia pois haveria uma outra a seguir…Estava, confesso, bastante preocupado, e nem dei a atenção devida aos convidados que já aguardavam dentro daquelas fantásticas muralhas do castelo há já algum tempo…Foram 45 minutos agonizantes, fugi por duas vezes para trás da igreja para respirar um pouco, mas os astros estavam connosco, assim como os 200km/h que aqueles convidados devem ter dado para chegarem o mais rápido possível!!

    Igreja cheia, cenário magnífico, simples, bonito e um coro de amigos à direita, famílias e amigos misturados como gostamos, nada de lados da noiva e noivo, tudo eram lugares dos noivos… A Mari vai entrar, o coro de amigos começa a cantar e pronto… Algo se apoderou de mim, e a partir dai foi a emoção a falar mais alto…linda de morrer, a minha noiva aparece acompanhada dos pais, com a Inês à frente com as alianças e as vozes do coro e do meu irmão.

    Foram simplesmente arrepiantes os 45 minutos que se seguiram. O “coro do ranho”, dada a choradeira de felicidade que por lá aconteceu, em muito provocada por mim e pela minha cena de lágrimas à Maria Madalena…foi absolutamente divinal…o meu irmão cantou muito bem, havia músicas que pedimos, arranjos brutais, emoção e muita sinceridade…Olhava para a direita e via os meus pais e irmãos, para a esquerda, os pais da Mari…todos com aquela expressão de coração apertado! Houve naquela cerimónia palmas, estalares de dedos, palavras que custaram a ser pronunciadas, músicas arrepiantes, e acima de tudo uma felicidade enorme que culminou com um ataque aos noivos com um raid aéreo de arroz à saída da igreja ao som de Imagine Dragons! Calculo que foram arremessadas umas 15 toneladas do produto.. parece-me que ainda hoje há excursões de pombos a Montemor-o-velho para irem comer restos do arroz do casamento 🙂

    Estava dado o mote… O dia tinha tudo para ser brutal!

    Chegámos a Sandelgas e já os convidados comiam os primeiros aperitivos, quando à direita nos aparece um monumental placar com uma fotografia nossa no Nepal com as caras recortadas, ou seja qualquer pessoa podia tirar uma foto naquele cartaz monstruoso, como se fossemos nós… Fazia exactamente um ano do dia do pedido de casamento… Estávamos parvos…os padrinhos começavam a planear as suas surpresas, que eram pelos vistos muitas e inesperadas!

    A sessão de fotos foi aquilo que se esperaria do já amigo Cardeli! Um pagode de loucura com golos, surf, e tudo aquilo que pudesse afastar as fotografias daquela coisa enfadonha que por vezes elas torna…Era muita gente, não sei se tirámos fotografias com todos, mas acho que para o tempo disponível, foi o possível e bem divertido. Sei que ninguém levou a mal 🙂

    Seguiu-se a entrada dos noivos na sala de jantar… A sala em Sandelgas é de pedra, com o chão em madeira clara. Não é muito grande, e ao som de Calvin Harris, toda a gente se levantou, se pôs de pé e a saltar 🙂 O almoço foi ótimo, nem toda a gente gostou de tudo, mas é normal, não conseguimos agradar a todos, mas creio que no geral, a qualidade da comida era muito boa, e quer seja o bacalhau, a sopa, o pato ou a sobremesa, não desapontaram, o que é muito bom para um casamento.

    Ao sairmos da sala de jantar, o cartaz que mencionei há pouco estava na disco Night, mas desta feita coberto com mensagens dos convidados, em dezenas de bandeirinhas coloridas, típicas do Nepal e do Tibete e que davam um efeito fantástico! Até agora ainda nem conseguimos ler uma, mas temos serão quando chegarmos a Lisboa… e vai ser um serão com coisas boas de certeza!

    Seguiu-se um dos momentos altos da noite… Na rua, um projector apontava para uma parede, havia 2 cadeiras, e antes de qualquer projeção, uma harpa…A Sara ofereceu-nos uma música tocada por ela simplesmente de arrepiar, toda a gente ouviu atentamente, foi lindo.

    Seguiu-se o video, que pegou na nossa brincadeira do convite , e a transformou para um outro nível de insanidade… Esta malta entrou-nos em casa durante as nossas férias, e bsicamente fizeream o que quiseram por lá, num vídeo que falava da nossa história de uma maneira perfeita, simples e ao mesmo tempo maluca. Acaba o vídeo, dá-se uma contagem decrescente, viro-me para a direita, e ao som de “Sweet Nothing” do Calvin Harris começa uma coreografia feita por praticamente todos os nossos convidados, do nada… Arrepiante, lindo, brutal…sem adjectivos que possam explicar o que sentimos quando vimos e ouvimos aquilo naquela altura… Foi impressionante, e esperamos ansiosamente pelo vídeo para ver como ficou… Só podemos mesmo agradecer pelo trabalho, loucura, amizade e tanto carinho de tanta gente que se disponibilizou para participar, treinar, ensaiar e aprender… mais uma vez, padrinhos e madrinhas…BRUTAL e OBRIGADO!

    A noite não tinha terminado, a ceia abriu, com comidinha excelente, e tivemos ainda tempo de ver novo video cheio de fotografias bem antigas produzido pelos padrinhos, bem como um cheirinho do Same Day Edit, um vídeo produzido pelos colegas que estão a preparar o video final do nosso casamento… Sorrisos e sorrisos atrás de sorrisos!

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    Quando a pista abriu, pronto, começou a loucura total… foram horas e horas a fio na pista, dançámos com tanta tanta gente, que nem sei como é que aguentámos tamanha loucura durante tanto tempo, a adrenalina estava ao máximo na altura.

    Eram já umas boas 5 da manhã, quando cerca de uns 15 resistentes fecharam a loja, e seguimos para o hotel, felizes, extraordinariamente cheios de saudades daquele dia único… e repito…felizes..

    O dia a seguir foi perfeito, mas começou mal… Quando acordei, senti um vazio, uma necessidade assolou-me  amente… queríamos  tudo menos estar sozinhos, queríamos estar com mais pessoas, e felizmente havia ainda muitos amigos prontos a passarem o resto do dia connosco, e assim foi…terminou como começou, com amigos à nossa volta… a fazer o costume…a rir!

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    (The day after, by Capela)

    E agora mais um miminho…uma pequena edição do dia que já demonstra muito tudo aquilo que se passou por lá 🙂

    Bjs e abraços, e o meu/nosso obrigado do fundo do coração por tudo,

    Quanto ao dia do casamento, o melhor de sempre das nossas vidas… queremos muitos mais dias assim 🙂

    Luís M.