• Machu Picchu

    Olá a  todos,

    E ao quarto dia de caminhada concretizámos um sonho antigo, Machu Picchu!

    Eram 04 da manhã quando todos nos levantámos, daí até ao checkpoint de entrada para a última hora e meia de caminho INCA foram apenas 15 minutos a caminhar com as nossas headlights ligadas… Ao chegarmos ao checkpoint, já uma fila de caminhantes aguardava ansiosamente, e foi naquela fila, parados no meio da montanha que aguardámos uns bons 45 minutos até podermos começar a caminhar!

    O caminho foi rápido, tranquilo, com algumas paragens para admirarmos o vale Sagrado, e imediatamente antes da Porta do Sol, o primeiro lugar onde vemos Machu Picchu, esperou-nos uma subida de 15 minutos com degraus vertiginosos em direção a esta porta… a verdade é que quando lá chegamos, vemos pela primeira vez a cidade Sagrada Inca em todo o seu esplendor….

    A partir daí, melhor do que qualquer descrição, deixo-vos com fotografias de uma das merecidas maravilhas do mundo, um lugar assim encantado e que tem tanto de extraordinário como de misterioso, um lugar único e que tivemos o privilégio de visitar.

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    Amanhã, Lima, e o regresso a Lisboa depois dos dias de caminhada  inesquecíveis que tivemos.

    Bjs e abraços,

    Luís M.

  • Rumo a Machu Picchu – Dia 3

    Olá a todos,

    Depois do literalmente grande dia de ontem, o terceiro dia de trekking hoje foi claramente mais curto, e fez-se na transição da “cloud forest”, com alturas médias a rondar sempre os 3200m para a “rain forest” com altitudes a rondar os 2500m. O tempo estava um bocadinho enevoado mas quente ao mesmo tempo, a trilha era extraordinária, no meio de uma floresta brutal… não dá para perceber como se constrói algo assim… Tem de ser alguma coisa muito especial “Machu Picchu”!

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    O passo hoje foi um pouco mais acelerado do que o normal, iríamos acampar logo na primeira grande paragem, muito próxima do checkpoint que nos leva a Machu Picchu. O espírito era alto, e a maior parte do caminho foi felizmente a descer.. Milhares de pedras no trilho, e escadas, muitas escadas sempre e continuamente a descer! Algumas pequeninas, outras enormes, mais ou menos inclinadas, um paraíso para quem gosta de caminhar em floresta. Muitas partes fizeram-nos lembrar as levadas na Madeira com a floresta “Laurissilva”.

    20150317 - Inka Trek dia 3

    O tempo seguiu húmido, e assim com chuva miudinha vestimos os ponchos e focámo-nos um pouco mais na flora local… Dezenas de espécies diferente de orquídeas crescem nas margens do trilho. Algumas maiores, outras muito muito pequeninas… Fantástico, fiquei muitas vezes para trás hipnotizado com tamanha diversidade.

    Chegámos facilmente ao local do acampamento, que fica numa encosta de uma montanha a 10 minutos do checkpoint que dá acesso à entrada em Machu Picchu! A excitação já se sentia no ar, e ficou melhor ainda quando fomos visitar mais um complexo Inca em ruínas, a 15 minutos do acampamento, onde o Saúl, o nosso guia nos falou da cultura, da religião e dos costumes daquele povo de forma muito apaixonada.

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    Jantámos, com direito a bolo e tudo pelo “quase” atingimento do objectivo, despedimo-nos dos nossos porters de forma muito agradecida e sincera e fomos dormir que a noite seria curta.. Às 04 da manhã teríamos de estar a pé para sermos dos primeiros a chegar ao checkpoint e assim termos Machu Picchu mais para nós…

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    Bjs e abraços,
    Luís M.

  • Rumo a Machu Picchu – Dia 2

    Olá a todos,

    O dia começou com o despertar às 05 da manhã, isto depois da primeira noite passada em acampamento em pleno vale nos Andes no caminho Inca, a 3200m de altura.

    Confesso que os nossos sacos cama não eram propriamente preparados para a fria e húmida noite, mas ao fim de algum tempo lá conseguimos aquecer e dormir bem. Acordámos com chá de folhas de coca na entrada da tenda, bem quentinho, com os porters a abanar a tenda suavemente como quem diz, levantem a bunda que nós já cá estamos a fazer o vosso pequeno almoço há 1 hora!!

    Seguiu-se o arranque para o difícil trekking do dia, com 2h em pura subida, extremamente inclinada só assim para abrir a pestana… O caminho era muito duro, com inclinações terríveis e toneladas de escadas irregulares dado serem feitas com milhares de pedras da montanha.

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    Como estávamos frescos pois tínhamos acabado de acordar e o sol ainda não ia alto, esta parte correu relativamente bem e rápido, mas quando há uma subida assim, é impossível não parar para descansar, respirar e beber água a cada 10 minutos.

    20150316 - Inka Trek dia 2

    A esta altitude o nosso corpo não dá o mesmo, não consegue… Começámos nos 3300m, e rumámos aos 4200m em mais 2 horas seguidas a subir depois de uma pausa para descansar num maravilhoso vale. Desta feita, continuámos em terreno mais aberto, mas sempre sempre a subir.

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    Ao chegarmos, já praticamente a parar de 5 em 5 minutos sempre por uns segundos e depois de 2 benurons no bucho, foi uma fantástica sensação!!! Estávamos a 4200m, na Dead Womans Path! Agarrei-me à mulher, e assim ficámos uns minutos a respirar fundo, contentes com o que tínhamos alcançado juntos.

    20150316 - Inka Trek dia 22

    No entanto, não pensem que estávamos perto do fim… na verdade ainda nem tínhamos chegado ao acampamento do almoço!!! Para isso, tivemos de começar a descer, mas do outro lado da montanha a temperatura era bem mais fria. Equipámo-nos o melhor que conseguimos, e descemos, mas 30 minutos depois começa a chover muito! Neste trekking a chuva não nos impede de continuar, e de ridículos ponchos vestidos (aqueles de plástico cheios de cores), descemos escadas atrás de escadas, super inclinadas e muito escorregadias…. pedra após pedra, ou seja, a descida foi muito muito lenta, e durou mais 2 horas! Chegados ao acampamento pela hora do almoço, já com 6 horas nas pernas e uma boa chuvada em cima de nós.

    Almoçámos bem, estávamos a aguentar e sabíamos que aquele seria o dia difícil, como tal prepáramo-nos para as próximas 3 horas de caminhada com mais cházinho de coca, até ao destino final, o acampamento “5”. Foram então mais 1h30 a subir e 1h30 a descer naquele que teria sido até hoje o mais bonito caminho, pois a vista era simplesmente fenomenal e o tempo ajudou muito, sem chuva e até com sol de vez em quando. No Trilho Inca original, descemos mais uns bons 300 metros de altura e voltámos a subir outros tantos, até à descida final onde chegamos já eram umas 17:30, muito perto do pôr-do-sol.

    O acampamento estava situado num local brutalíssimo, rodeado de montanhas, no vale e em cima de um fantástico planalto que é por si só um acampamento natural, e de noite, com o céu limpo, as estrelas estavam incríveis.

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    Jantámos mais uma bela refeição preparada pelo grande chefe Leonardo e fomos dormir. O dia tinha sido de longe o mais difícil de todo o trekking, mas foi ultrapassado com sucesso, suor e claro muitas dores de cabeça…!

    Até amanhã!
    Bjs e abraços,
    Luís M.

  • Rumo a Machu Picchu – Dia 1

    Olá a todos,

    Eram 04:30 em ponto quando a carrinha da “Alpaca Expeditions” nos foi buscar ao hotel. A essa hora tínhamos tudo pronto na nossa mochila do dia, assim como nos sacos que nos tinham entregue no dia anterior para colocarmos em cada um 7kg para os próximos 4 dias. Estes sacos seriam depois carregados pelos nossos “chaskis”, os porters ou em Português os carregadores, que nos levam o indispensável para a montanha..literalmente às costas.

    Depois de termos todo o grupo pronto, 8 pessoas, a carrinha seguiu em direção a Ollantaytambo, a primeira de 4 cidades situadas no “Vale sagrado”, em pleno início do caminho Inca.
    Foi uma curta paragem na cidade para esticar as pernas, seguiram-se então 45 minutos em terra batida (a estrada alcatroada estava cortada) até chegarmos ao início do caminho Inca do nosso trekking, situado mais precisamente ao quilómetro 82, em Piskacucho. Passámos pelo checkpoint, onde temos de mostrar o passaporte e iniciámos a caminhada ao atravessar a ponte do Rio Urubamba. Foi uma sensação brutal, um sonho de sempre a começar a ser  realizado, caminhar 4 dias em direção a Machu Picchu 🙂 Atenção que apenas 400 trekkers podem fazer este caminho diariamente, aí termos comprado a licença vários meses antes…

    O caminho Inca na verdade sáo vários, construidos pela civilização Inca e cortavam as montanhas, vales e planaltos da região de Cusco em volta de Machhu Picchu. Foram construidos à mão, pedra a pedra… há história em cada passo neste trilho histórico. Ora vejam…

    20150315 - Inka Trek dia 1

    As primeiras 2 horas da caminhada foram tranquilas, em terreno simples e a 2700m de altura, com o rio à nossa direita, e rapidamente e super otimistas com o bom tempo, demos com a primeira ruína Inca, Patallacta, usada como checkpoint para o caminho para Machu Picchu, ou seja, ponto de controlo e de segurança. Foi um primeiro cheirinho daquilo que nos esperava dai para a frente.

    Seguimos para mais 2 horas de um trekking simples até ao primeiro almoço na montanha. Não sabíamos o que esperar, mas na verdade no local tínhamos uma tenda montada, com uma mesa, pratos, copos, talheres, colchões estendidos, e um almoço de rei logo assim para começar, tudo preparado pelos nossos porters… Incrível! Nunca pensámos nós naquele repasto… Truta, vegetais, batatas assadas, banana frita.. e tudo a saber maravilhosamente bem! Os carregadores chegaram antes de nós e tinham tudo preparado, foi um momento fantástico.

    Seguiu-se ao almoço uma bela sesta antes de seguirmos em frente até ao lugar onde dormiríamos a primeira noite na montanha! O caminho continuou muito bonito no início do vale, mas por vezes quente demais, e quando se sobe com calor tudo fica mais difícil, e acabamos por queimar um pouco todas as partes da nossa pele onde não chegou o protetor… Eu que o diga que fiquei  logo com bronze à camionista!

    20150315 - Inka Trek dia 1-3

    Chegámos ao lugar do acampamento, já algumas expedições similares estavam no mesmo lugar, mas o nosso espaço estava bem delimitado. Há noite e depois do jantar (Mais um repasto!!) os vários porters foram-se apresentando um a um é claro que desde aí me comecei a meter logo com eles.

    Extraordinárias pessoas, entre os 21 e os 52 anos, todos agricultores e que sempre que podem se aventuram na montanha para ganhar uns trocos extra para as suas famílias. Foi um momento simpático, em que conheci o grande cozinheiro responsável por todos os pitéus diários, o Leonardo! É incrível a organização destas máquinas da montanha. Saem depois de nós, ultrapassam-nos a meio do caminho completamente carregados e quando chegamos temos 8 tendas montadas, pequeno-almoço, almoço e jantar completamente novo e fresco, toda a louça lavada…tudo arrumado, colchões cheios…É impressionante, são mesmo os maiores! RESPECT!

    20150315 - Inka Trek dia 1-2

    Amanhã há mais, o dia mais difícil desta caminhada espera-nos, hoje foram “apenas” 08h e 37 minutos desde que saímos do checkpoint até chegarmos ao acampamento final!

    Bjs e abraços,
    Luís M.

  • Cusco Inca e Colonial

    Olá a todos,

    Hoje acordámos infelizmente com dores de cabeça mesmo apesar de nos estarmos a sentir melhor, no entanto, e como tínhamos este dia inteiro em Cusco resolvemos ir tentar conhecer 3 lugares Inca perto da cidade. Estes três lugares fazem parte de um pacote turístico base chamado “City Tour”, mas como normal, não nos metemos nesses pacotes… preferimos ir nós e ver as coisas ao nosso ritmo e passo, sem ter de levar com algum grupo de 30 chineses por azar!

    O plano era ir a pé, mas o primeiro lugar ficava a 2 km da praça central, mas sempre a subir, e depois das primeiras 10 escadas, a Marisa começou a sentir a cabeça com uma dor muito forte, ou seja, não estávamos ainda aclimatados para fazer esforço físico… Por sorte naquele lanço de escadas estava um restaurante fechado, com uma pessoa a lavar o chão lá dentro. Bati à porta, ela chamou o dono (Luciano), que ao perceber que precisávamos de um sítio para recuperar abriu a porta, preparou-nos um chá de coca, sentou-se ao nosso lado a falar connosco a ajudar a resolver aquela situação. Que simpatia, amabilidade… Ajudou-nos a definir o plano de ataque para podermos ver os lugares Incas sem grande esforço físico e foi connosco até à rua procurar um táxi, falar com ele e conseguir-nos o melhor preço para que ao invés de subirmos a pé, ele nos levasse até ao último local, e depois descessemos a pé, cujo esforço seria bem menor.

    Assim foi, seguimos para Tambomachay onde vimos um templo Inca da água. Simples, bonito e calmo! Incrível é que até hoje os cientistas não sabem de onde provém a água que ainda hoje corre. Se de um glaciar a uns 20 kms de distância, se de uma nascente, se do subsolo. Ela corre sempre ao mesmo caudal. Quando uma senhora na rua de acesso ao templo e que estava a vender tecidos na rua se apercebeu que a Marisa ainda não estava perfeita da dor de cabeça, no regresso ela já tinha para nós umas ervas, espécie de menta, para mascar, que teoricamente ajudavam e sem querer nada em troca… Este povo é muito bom 🙂

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    500 metros ao lado, outra construção Inca, desta feita de nome Pukapukara, um antigo checkpoint militar, a 3700 m de altura com uma grande vista para todo o vale, e que era uam estrutura militar e um ponto de passagem de caçadores pois existiam algumas construções de pequeno armazéns ali perto.

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    Apanhámos um autocarro na estrada principal, que nos deixou 4 km abaixo num lugar chamado Q’Enqo, um lugar pequeno mas muito estranho, dado ter sido completamente escavado nas rochas, com vários Zig Zags, e que vão dar a uma parte principal central, usada para cerimónias Inca. Mais uma vez, este lugar está especialmente colocado com uma vista priveligiada sobre Cusco! O trabalho para esculpir aquilo tudo diretamente na rocha é de loucos…

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    Para terminar em beleza, Sacsayukan, uma brutalissima fortaleza ainda muito bem preservada, palco de vários confrontos entre Incas e Espanhóis, e que foi muitas vezes o último reduto de defesa dos Incas, apesar de não o suficiente. É uma estrutura enorme, com milhares de rochas trazidas de vários lugares, construídas de forma antisísmica. O que vemos hoje são 20% daquilo que existiria… É que na ocupação colonial, grande parte da fortaleza foi levada para Cusco, pois as pedras eram ótimas para as novas casas. Por outo lado, não levaram as maiores… há pedras com 300 Toneladas! Arrastem lá isso!!!

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    Algum tempo depois e no pico do calor, lá descemos a pé por entre aquelas ruelas a pique de Cusco, e conseguimos tirar fotografias de um ângulo diferente de Cusco, aqui esta uma das que gostámos mais.

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    Durante a tarde deambulámos pela parte religiosa da cidade, vimos a monstruosa catedral de Cusco (Não permitem fotografias), e pelas 18h fomos ao briefing da Alpaca Expeditions conhecer o nosso guia e obter todas as informações sobre os próximos dias, dedicados a uma caminhada de 45 km entre os vales sagrados de Cusco e a trilha Inca.

    A ver vamos se nos aclimatamos à altitude finalmente que isto até hoje não foi fácil!

    Bjs e abraços,

    Luís M.

  • Cusco é lindo porra!

    Olá a todos,

    Depois de chegarmos a Lima de autocarro a partir de Nasca às 06 da manhã (fizemos a viagem de noite), seguimos diretamente para o aeroporto onde apanhamos um voo para Cusco, a histórica capital da civilização Inca.

    Aterrámos, chegamos ao hotel e rapidamente a minha cabeça começou a doer… Em poucos minutos, a da Marisa também, e 2 horas passadas parecíamos meio grogues com a altitude… Resultado, benurons no bucho, é que subir um lanço de escadas era um desafio!! Como recomendável para quem chega, não fazer esforços, beber muita muita água, tomar paracetamol e acalmar são as receitas para uma aclimatação mais fácil e rápida à altitude de Cusco. Afinal estávamos a 3300m de altura situados num vale/planalto incrível onde o nível de oxigénio está longe daquele a que estamos habituados.

    Sendo assim, fizemos apenas uma incursão simples e rápida nesse dia pela cidade mas ficámos desde logo apaixonados… Segura, um centro histórico maravilhoso, com influências Incas e coloniais Espanholas, pessoas simpatiquíssimas, restaurantes, ruínas, muita história, enfim, uma maravilha para quem tinha vindo de Paracas/Nasca, puro deserto, e chega aqui a ver imenso verde !

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    A praça central, “Plaza de Armas”, é brutal, as montanhas em pano de fundo, as ruas todas em pedra e os trekkers que se juntam nos restaurantes, bares e ruas dão um ar rústico a todo o centro. Fomos então ao mercado de rua e ficámos malucos com as centenas de vendedores ambulantes a venderem os seus produtos, maioritariamente agrícolas… As imagens, o som e especialmente o cheiro chocam-nos (positiva e negativamente) e confesso que nos deixaram completamente fascinados…

    Adoro mercados, a minha mãe ensinou-me a gostar deles e sempre me disse que se quisermos conhecer uma cidade, temos de ir ao mercado local, e eu acho que ela tem toda a razão!

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    Perdemo-nos muito mais nas ruas e ruelas de Cusco, passeámos entre igrejas e praças, jantámos e aguentámos até não podermos mais, e lá fomos dormir com uma bruta dor de cabeça e mais benurons… Amanhã seria mais um dia para nos aclimatarmos à altitude antes da caminhada de 4 dias nos vales e montanhas da região de Cusco rumo a Machu Picchu!

    Bjs e abraços,
    Luís M.

  • As linhas de Nasca

    Olá a todos,

    Após uma negociata em Paracas com um simpático rapaz dono de uma empresa turística, decidimos que não deveríamos ficar em Paracas mais tempo, e seguir para Nasca logo no dia a seguir de manhã a tempo de apanharmos um voo matinal e vermos uma das coisas mais extraordinárias e inexplicáveis do mundo, já património mundial, as “Nasca Lines”. O nosso condutor do dia a seguir seria então o pequeno Joaquín, que nos iria levar no seu carro bem cedo para Nasca!

    Para quem não sabe, as linhas de Nasca são representações de figuras criadas no chão pela civilização Nasca entre 400 e 650 AD e visíveis mais facilmente do ar ou de algum lugar muito alto e que dê a perspectiva suficiente para se poderem compreender. São centenas de linhas que foram feitas através do louco trabalho no meio do deserto, feitas através da remoção da superfície da terra, e raspando o chão até se obter uma coloração mais clara da terra, formando assim as linhas e as figuras. Estamos a falar de cerca de 10 a 30 cm de profundidade para cada linha.

    Foram estudadas anos a fio, e ainda sem uma explicação válida e devidamente acordada entre os cientistas… Há figuras com mais de 200 metros de comprimento, é algo simplesmente impressionante… Deuses, cursos de água, extra-terrestres, constelações… há de tudo um pouco, mas o que mantem as linhas vivas é um ecossistema incrível em que a falta de chuva ajuda a preservar .

    Pelas 7 da manhá lá saímos, e qual rally Dakar… Joaquim no seu veículo estava nas suas 7 quintas… Panamericana abaixo, lá fomos nós, entre carros, camiões, taxis e duplos traços contínuos!

    Parámos nu Oásis do deserto mais conhecido no Perú, Huakachina, muito pequenino mas competamente completamente fora do comum, tirámos umas fotos, e seguimos para Sul passando ainda por pequenos milagres verdes no meio do deserto, especialmente laranjas, mangas, uvas e vegetais.

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    O aeródromo é dedicado a voos para ver as Nasca Lines. Fomos com a Aeroparacas, excelente serviço e simpatia, 5 passageiros, um piloto e no nosso caso uma co-pilota. São 35 minutos onde fazemos uma rota para ver as figuras mais conhecidas. Não é um voo fácil para quem enjoa, aliás, pode-se tonar bem difícil pois o avião dá várias voltas e fica a 45 graus muitas vezes, mas no meio da adrenalina tudo passa, e conseguimos ver todas as figuras… É arrepiante, estranho, diferente e muito interessante para quem como nós entende que o impacto de algo feito há centenas de anos atrás ainda se encontrar tão real e próximo, e ser inexplicável, é brutal.

    20150312 - Nasca

    Deixo-vos com algumas imagens tiradas por mim do avião, digam lá se não é bizarro, lindo e brutalmente interessante ao mesmo tempo…

    A aranha

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    O astronauta

    astronauta

    A baleia

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    O colibri

    colibri

    O macaco

    macaco

    A árvore e as mãos

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    Os triângulos

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    Amanhã, Cusco, a 3400m de altitude…a capital INCA…Nasca, foi inesquecível!

    Bjs e abraços,

    Luís M.